Fatores ambientais e de estilo de vida, comuns na incidência de câncer em adultos, dificilmente estão associados aos casos de câncer em crianças e adolescentes (0 a 19 anos). Geralmente o câncer infantil é consequência de alterações no DNA das células, que afetam o sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação.

Os tipos mais comuns são: leucemia, linfomas e tumores que acometem ossos, retina, rins ou sistema nervoso central.

Nos quadros de leucemia, doença que afeta os glóbulos brancos responsáveis pelas defesas do organismo, é comum que a criança apresente palidez, dor nos ossos e articulações, sangramento e vulnerabilidade a infecções. Sensibilidade exagerada à luz, esbranquiçamento da retina e estrabismo (olhar vesgo) podem indicar um caso de retinoblastoma (tumor na retina), que não costuma ocorrer em crianças maiores de 3 anos.

O acúmulo de massa do abdômen pode ser consequência da doença de Wilms (câncer renal) ou de neuroblastoma (alteração das células no desenvolvimento do embrião ou feto). Dor nos ossos, principalmente nos membros, na fase de crescimento e inchaços sem sinal de trauma podem indicar um câncer ósseo. Já o câncer no sistema nervoso central pode provocar sintomas, como dores de cabeça, náusea, vômito, alterações comportamentais, dificuldade motora, visão turva e paralisia dos nervos.

Esses sintomas podem ser confundidos com manifestações de outras doenças características dessa faixa etária, por isso normalmente são detectados quando já estão em estágio mais avançado. Como não existe influência de fatores ambientais e hábitos de vida, a prevenção desse tipo de câncer é feita através do diagnóstico precoce e tratamento qualificado.

As crianças e adolescentes costumam responder bem aos tratamentos, mas deve haver um cuidado especial com os fatores psicológicos e sociais que envolvem a doença. O bem-estar e qualidade de vida durante o enfrentamento da doença também são essenciais para melhorar a receptividade aos tratamentos.

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