O tumor de mama ocupa a primeira posição entre os tipos de câncer mais incidentes em mulheres, tanto no Brasil quanto no mundo, isso se desconsiderarmos os números do câncer de pele. Ele também acomete os homens, mas com uma frequência muito menor.

Não existe uma causa específica e única para esse tipo de câncer, sua ocorrência é normalmente atribuída à combinação de fatores comportamentais, ambientais e genéticos. Como o desenvolvimento de tumores de mama está diretamente relacionado com questões hormonais, principalmente aos níveis de estrogênio, ser mulher já é considerado o principal fator de risco para a doença. Devido a alterações biológicas próprias do envelhecimento e ao acúmulo de exposições ao longo da vida, a idade também é um dos principais fatores de risco para os tumores de mama, principalmente em mulheres a partir dos 50 anos.

Uso de anticoncepcional por longo período, reposição hormonal, menstruação precoce (antes dos 12 anos), consumo de bebidas alcoólicas e fatores genéticos também podem aumentar o risco de incidência do câncer de mama. É equivocado afirmar que esse tipo câncer é hereditário, pois isso ocorre apenas quando há mutação de genes. Nesses casos, os genes que reparam os danos causados ao DNA das células, chamados antioncogenes, param de exercer sua função de proteção e deixam o organismo exposto – na incidência hereditária do câncer de mama, os genes que sofrem alteração são BRCA1 e BRCA2.

O histórico familiar da doença deve ser encarado como um fator de alerta para a mulher iniciar as ações preventivas antes do usual. No caso da mamografia, por exemplo, é recomendado que o exame seja feito anualmente por mulheres a partir dos 40 anos. Quando houver histórico familiar de câncer de mama ou ovário em parentes de 1º grau, o médico ginecologista irá indicar a idade ideal para iniciar o rastreamento mamográfico e demais exames de rotina para diagnosticar possíveis nódulos em estágio inicial.

Como não existe causa exclusiva, a prevenção também deve integrar ações que minimizem os fatores de risco, como alimentação nutritiva, redução do consumo de gorduras e produtos industrializados, prática de atividade física regular e realização dos exames preventivos (autoexame e mamografia). A forma mais eficaz de prevenir o câncer de mama é diagnosticar precocemente a doença, pois as chances de cura aumentam significativamente quando o diagnóstico é feito em estágio inicial. E conhecer o próprio corpo é o melhor jeito de notar possíveis alterações provocadas pela doença. Fique alerta para vermelhidão e formação de nódulo (caroço) no seio, alterações ou secreção no mamilo, mama com aspecto de casca de laranja, formação de nódulos no pescoço ou nas axilas e aumento desproporcional do volume do seio.

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